Os escritores de Contos De Armond são:
Mörgånus De Sanctis
E
Leronir Absidian
(clique nos nomes para visualizar os perfis)
Escritores
sábado, 23 de agosto de 2008Postado por Mörgånus De Sanctis às 04:34
A Origem - Parte III
segunda-feira, 11 de agosto de 2008No meio de árvores queimadas, buracos enormes no chão, corpos em decomposição, criaturas estranhas e mortas, San aparece.
Sannir dava uma boa olhada na destruição que acontecera, claro que era tudo consertável, mas não poderia ser mais como antes. Tudo já havia perdido sua beleza natural.
- Malditos! Como puderam ser traidores a esse ponto?
Nesse momento duas criaturas gigantes aterrissam à sua frente.
- Fizeram um ótimo trabalho protegendo este mundo. Mas vejo que estão bastante feridos. Serão recompensados muito bem.
As criaturas assentem com a cabeça e caem, exaustas e feridas. Cumpriram a ordem que Sannir dera. Protegeram com suas próprias vidas o mundo que seu mestre criara.
San olha para os dragões- nome que dera para suas criaturas- e, ao redor, surge uma espécie de globo que os envolve. Ele se despede e começa a voar, atravessando o mundo e olhando a destruição. Imagens começam a vir em sua mente, imagens de terror, morte, massacre. Havia acontecido uma guerra muito sangreta por essas terras. Sannir não conseguia se conformar de ter sido traído por seus irmãos. Não tinha idéia do motivo para que eles tenham feito isso.
Após um período de vôo, San pousa e senta em uma pedra que estava ao lado do rio que cortava a gigantesca floresta, agora destruída. Abaixou sua cabeça e pôs-se a refletir sobre o que fizera e não fizera em seu período de ausência.
- Por que teve que ser assim? Meus irmãos mortos, em uma guerra... contra mim!- Havia esquecido da crueldade de seus semelhantes, e a facilidade com que alteravam os planos abaixo dos seus, quando unidos, pois se distraira criando esse novo e maravilhoso mundo, que agora se encontrava abalado. Então sentiu algo em seu braço, ao olhar, viu uma pequena criatura peluda, com grandes dentes. Uma criatura muito bonita, aliás.-Que queres, ser? Comida? Ora, mas não tenho nem mesmo para mim.- A criatura saiu correndo, na direção de um ser semelhante, porém um pouco menor, uma fêmea. Sannir ficou pensativo, olhou para os dois, depois para si, voltando a olhar o pequeno casal, foi aí que veio uma idéia brilhante. Seres inteligentes, ágeis e fortes como ele, poderiam se procriar, e assim consertar o mundo que seus irmãos ajudaram a destruir. Para isso só precisava de um macho e uma fêmea de uma espécie parecida com a dele mesmo, na forma em que se encontrava nesse plano. Concentrou-se na runa que carregava, a primeira que usara nesse mundo, recitou as mesmas palavras que usou para criar a floresta, mas agora tudo ficou diferente, as luzes não criavam coisas novas, mas se envolviam pelas crateras, árvores queimadas, solos destruídos, enfim, tudo que havia de errado naquela vasta floresta. Ao término deste ritual, estava tudo em seu devido lugar. -Agora está perfeito!- Exclamou. Depois, percorreu a floresta, procurando um lugar apropriado para fazer o que tinha em mente. Ao achar, sentou-se e começou a escrever numa runa. A escrita demorou vários ciclos de Phyra, precisava pensar bem nos detalhes...
Postado por Daniel Felipe às 02:43 3 comentários
A Origem - Parte II
segunda-feira, 4 de agosto de 2008Passou-se um tempo desde que deitara. Abria os olhos lentamente sem saber o que havia acontecido, estava com uma sensação indescritível novamente, seu corpo estava pesado, sua mente se atrasando. Agora lembrava de umas visões que teve desde que se deitou, nela havia um mundo inteiro, com plantas grandes como as palmeiras, mas muito diferentes fisicamente, havia grandes lagos, que formavam ondas com o vento. Havia também rochas imensas, com o pico até onde a vista não alcançava. Rios extensos, desertos, não tão grandes quanto o que se encontrava agora, com pequenos oásis explendorosos, grandes quedas d'água. Enfim, tudo que viu era magnifico, dava até vontade de viver num mundo como esse.
Sannir teve uma ligeira impressão de que já tivera visto essas imagens em algum outro lugar. -Ah, sim! Como pude me esquecer? Que tolice a minha. - Pega uma de suas runas e levanta até a frente de seu rosto. -Estavam aqui, na minha frente!- Se concentrou novamente, dessa vez na runa que acabara de pegar, citando algumas palavras mágicas - Merk Mu Saten Flair Lain Siepen - agora seu corpo brilhava mais do que outrora, as luzes se espalhavam por uma área muito maior, formando uma verdadeira teia de luz. Um bom tempo passou até que o ritual finalmente acabasse, ao término San caiu de joelhos, exausto, mas se sentiu reconfortado depois de ver a maravilha que havia criado: uma gigante floresta, até onde a vista não alcançava. Um rio cortava a floresta de cima a baixo, havia uma grande variedade de plantas e árvores, de diferentes alturas, cores e texturas.- Nossa, nunca pensei que um mundo pudesse começar tão belo- Falou.
Então ele foi atravessando o mundo, criando tudo que havia em sua imaginação. Após sete ciclos de Phyra - nome que deu àquela pequena esfera brilhante no Céu - concluiu sua obra. Usou magia para atravessar esse mundo, agora mais rápido. Ficou muito satisfeito com o resultado final, estava morando no mundo dos seus sonhos. Mas ele não foi o único a ficar contente, estava se esquecendo dos seres que o mandaram para ali, os espíritos do alto plano. Estes apenas aguardavam a conclusão de Sannir, para enfim por seus planos em prática.
San estava em pleno vôo quando avistou uma besta gigante em uma grande montanha. Estranhou muito, não se lembrava de tê-la criado, mas era real, aquilo realmente estava ali, na sua frente. Resolveu ignorar e seguir viagem, agora reparando melhor, havia vários tipos diferentes de criaturas, em todos os ambientes visitados desde que avistara a besta. Só podia ser coisa de seus irmãos, principalmente do primogênito, Varg Yassiv. Sannir não hesitou, com toda sua ira causou uma grande explosão no centro da floresta, mas não uma explosão qualquer, uma explosão de grande magia de luz. De lá saíram dois seres com escamas e asas. Eles eram enormes. Um era azul como o céu e o outro era verde como as plantas. San se aproximou dos dois e disse, olhando para a enorme criatura azul - Deste momento em diante, será teu dever cuidar dos altos desse mundo.- A criatura assentiu com a cabeça. Agora se voltou para a criatura verde. –Você, criação, protegerá as superfícies deste mundo com sua própria vida. - Após essas palavras, San desaparece.
Postado por Mörgånus De Sanctis às 14:35 0 comentários