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A Ascenção - Parte I

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Amir Saad não era das pessoas mais sortudas de Tenéria, tinha certeza disso. 22 anos, órfão de pai e mãe, desempregado e sem teto. Ainda não se rebaixara aos furtos como seus amigos de infância, mas para descer a esse nível faltava muito pouco. Não que Amir fosse a pessoa mais discreta do mundo, até porque isso seria uma grande mentira, ele tinha grandes músculos, como conseqüência de suas caçadas diárias, afinal, era o único modo de se alimentar.
Hoje, Saad caminhava pela cidade, pensando calmamente em seu futuro, até que ouviu alguém chamá-lo: Psiu, você aí, venha cá!- Era um guarda do castelo, “O que diabos eles querem?”, pensou consigo. Aproximou-se do guarda e este disse –Você me parece forte, alguns de meus colegas já o viram em combate com bestas selvagens também, por isso o capitão da guarda está lhe convidando para se unir às forças armadas de Tenéria.
Amir ficou um momento parado, talvez por causa da surpresa, talvez por estar falando com um Guarda Real. – Então, pode me acompanhar? – Perguntou o guarda. E como que quase por instinto ele responde. – Sim, claro!
Os dois caminharam em direção ao enorme castelo que se encontrava à frente. “Minha vida vai mudar! Não acredito! Dru e Kino não vão acreditar!”, pensou Amir, entusiasmado com a notícia. Os dois andam por um tempo, passando por um belíssimo corredor, o qual possui uma arquitetura de dar inveja a todos.
- Bem-vindo, jovem! – Disse um homem que aparentava ser sério e bastante inteligente. Ele tinha uma voz firme, mas ao mesmo tempo passava confiança. Estavam numa espécie de sala, onde havia muitos objetos que Amir nunca tinha visto em sua vida. Ele logo percebe que não estava sozinho: havia outros três jovens no local. Parecia que não seria tão simples assim entrar para às forças armadas.
- Sentem-se todos. Meu nome é Elias Glard e sou o capitão da garda. Para vós é senhor ou capitão. Vocês devem saber o porque de estar aqui. Caso não, lhes informarei agora. Convoquei-vos porque vocês têm um talento excepcional para estarem na guarda do reino. No entanto, só escolheremos um de vocês. E como faremos isso? Através de uma seleção, de acordo com o procedimento de cada um nas etapas do “treinamento”. Vêem isso? – Puxa um objeto longo de sua cintura. – Isso se chama Espada. É com ela e seu “amigo inseparável”, o Escudo, que começarão seus treinamentos. O que tiver um melhor avanço será o escolhido para se unir às forças armadas. Tenho dito. Alguma pergunta? – Todos ficam calados, pareciam paralizados.
Nesse momento eles ouvem um imenso barulho vindo de fora do local onde eles estavam. Um homem adentra a sala.
- Senhor, Ajude-nos! Aquilo vai nos matar! – Ele perece após suas palavras.
- Vejam o que está acontecendo! Rápido – Ordena aos guardas ali presentes.
Amir fica um pouco assustado com a intensidade do barulho. Ele se levanta para ir para fora e ver o que está acontecendo.
- Fique onde está, neófito. – Diz Elias.
Outro estrondo ouviram de onde estavam. Porém, esse parecia ser pior. Algo de errado estava acontecendo e Amir não se contentava em ficar ali, parado.

A Origem - Parte IV

sábado, 13 de setembro de 2008

  San se concentra muito enquanto faz algo de seu interesse particular, e não é diferente com suas runas. Precisou aguardar muitos ciclos da brilhante Phyra para que pudesse começar a pôr em prática suas idéias. Os detalhes eram cruciais, pois se tratava de algo muito mais sério... sério como a vida.
Ele se levanta do chão, olha ao seu redor e elogia a bela paisagem. –Agora você terá algo que a complete. –Disse.
Agacha-se e pega as runas espalhadas pelo chão e as põe dentro de sua bolsa. San tem um pouco de dificuldade em andar, pois está escuro, mas a belíssima Phyra o encantava com sua beleza que o fazia andar pouco, a aprenciando.
San parou de caminhar e se deitou no chão com seus olhos fixados em Phyra. De repente seus olhos começam a ficar pesados demais para ele aguentar, seu corpo parecia mais pesado ainda. Não conseguia mover um dedo sequer para tentar ajudar a si próprio com magia. Fechou seus olhos e por alí ficou até que uma intensa luz, um raivo vivificador vindo dos altos, o fez despertar. –Incrível como esse raio é tão intenso! E a cada vez ele se repõe no lugar de Phyra. Interessante. –Disse para si mesmo, quase se esquecendo de seus planos. Logo pôs-se a pegar as runas onde tinha feito suas escritas e pôr em prática tudo isso. Ele estava ansioso.


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  Assim como alguém perde a vida, repentinamente, Ele a ganhou, já veio à vida com dores terríveis, em partes do corpo que não conhecia, se viu misturado a milhões de pessoas parecidas, alguns mais belos, outros mais feios, alguns altos, outros baixos. De súbito nada aquilo tinha acontecido, estava em seu trono, como sempre, lembrando de sua infância, adolescência, da morte de seus pais e finalmente da coroação, que acontececera alguns anos atrás. Mas, faltava algo, não sabia seu nome... Foi aí que viu a figura parada à sua frente, devia ser um súdito...-Fale, servo!- exigiu do modo como havia fazendo há anos, mas a pessoa abriu apenas um largo sorriso e pôs-se a falar. - Ora, ora, o rei já sabe mandar. O que fiz aqui está lindo. Também, após tantos, ahn...DIAS! Haha, nomes são ótimos, vou chamá-lo de... Rei Elric Glard, assim como seus súditos o chamarão a partir de agora.- Dito isso o homem sumiu e Elric acordou, disposto a reinar sobre todos em volta de si, digna e honestamente.

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